Protesto: moradores bloquearão rodovia entre Igaporã e Caetité
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Imagem: Facebook
Moradores de Igaporã e cidade vizinhas planejam realizar um ato de protesto contra o péssimo estado de conservação da BR 430, no trecho entre Igaporã e Caetité, fechando a rodovia na manhã do dia 5 de dezembro, entre 8h e 11h. Os moradores apresentaram um manifesto à reportagem da Rádio Igaporã, explicando os motivos do protesto. O texto aborda os longos anos de abandono por parte das autoridades, ocasionando a destruição da pavimentação asfáltica. Cita, ainda, o risco enfrentado por motoristas de diversas partes do país, que utilzam a rodovia para o transporte de cargas ou em viagens turísticas. O manifesto aponta, também, os riscos enfrentados por moradores locais (crianças, jovens e adultos), que utilizam a BR em busca dos estudos nas cidades de Caetité e Guanambi, além de viagens para tratamento de saúde.
Acompanhe o texto completo:
Movimento: Mobilização pela Recuperação da Rodovia Igaporã/Caetité.
Nós, moradores e moradoras de Igaporã e municípios vizinhos, realizaremos um ato de protesto contra o descaso governamental, em relação ao trecho da rodovia BR 430, entre Igaporã e Caetité. A mobilização pela recuperação da rodovia Caetité/Igaporã será realizada no dia 05 de dezembro de 2014, entre 08h e 11h, através da interrupção do trânsito, com o fechamento da pista por veículos e populares, no “trevo” que dá acesso ao município de Tanque Novo. O Movimento se baseia nos seguintes motivos:
A situação precária da rodovia, com vários trechos esburacados, alguns quase que intransitáveis, perdura nas últimas duas décadas, pois a última reforma ocorreu em 1990. Há cerca de 6 meses a população de Igaporã fez um mutirão para tapar os buracos com terra.
Os muitos buracos e o desgaste do asfalto colocam em risco a vida de centenas de motoristas, por ser uma das principais vias de escoamento de mercadorias e produtos agrícolas, interligando o centro-oeste e o litoral brasileiro. Além de ser uma rodovia de intenso trânsito de veículos de turismo para o sul da Bahia.
A rodovia registra alto índice de acidentes, inclusive com vítimas fatais.
A população da região tem assistido, perplexa, a priorização de outras estradas e rodovias, para execução de pavimentação e/ou reforma, de menor importância para o trânsito regional.
Há vários meses o Governo do Estado atribui a responsabilidade ao DNIT, enquanto este órgão informa que recebeu a rodovia, oficialmente, em data recente, impossibilitando o início das obras. Por ser um fato que se prolongada há décadas, a justificativa das autoridades não encontra respaldo na realidade. Para agravar a situação, essas autoridades, já assumiram solucionar o problema, em várias oportunidades, não cumprindo com as promessas.
Dezenas de crianças, jovens e adultos, expõem sua vida a risco constante, por utilizarem a rodovia diariamente, deslocando-se para instituições de ensino em Caetité e Guanambi. O mesmo risco é enfrentado por pacientes que buscam atendimento médico nessas cidades.
Diante dos motivos apontados e a ausência de providências por parte das autoridades competentes, a população resolveu agir na busca por seus direitos, por não acreditar mais nos compromissos assumidos e não cumpridos pelos representantes do Estado.
O movimento busca o apoio das comunidades residentes nas cidades vizinhas e que enfrentam os problemas gerados pela destruição da rodovia. É importante que todos participem do protesto, para demonstrar que a insatisfação e a revolta já presentes em nosso meio, deve ser ouvida e valorizada por aqueles que nós confiamos e elegemos para trabalhar em nosso favor.
fonte radio igapora
